“A PSICANÁLISE E SUA PRÁTICA"

 

Em "A direção da cura e os princípios de seu poder" Lacan afirma: “O psicanalista certamente dirige o tratamento [...] não deve de modo algum dirigir o paciente”. (Lacan, 1998/1958, p.592).

Portanto, ocupar a posição de Sujeito Suposto Saber e responder do lugar do “não saber” ou da “ignorância douta”, como também é muitas vezes mencionada a função do analista em sua escuta, não lhe retira a responsabilidade de saber como conduzir o tratamento. Lacan tece críticas aos que conduzem o tratamento sem saber como isso funciona e, ao retomar a ideia freudiana de que devemos abordar cada novo caso clínico como se fosse o primeiro, afirma: "Isto não autoriza o psicanalista, de modo algum, a se dar por satisfeito com saber que nada sabe, pois o que se trata é do que ele tem que saber" (Lacan, 1998/1967, p.154).

Para exercer sua função, um analista deve estar bem posicionado quanto ao seu saber. Saber este que se dá pelo trilhamento de sua experiência de análise pessoal e dos estudos teóricos que sustentam sua práxis. Trata-se de um saber que não se ensina, mas é transmitido. 

 

Retomar os "Escritos" de Lacan possibilita revisitar seu ensino e buscar os fundamentos que sustentam o método e a ética da psicanálise. 

Continuaremos a discussão do texto "A instância da letra" e, na sequência, o grupo escolherá o próximo texto que servirá de apoio às discussões e trocas sobre a prática da psicanálise, numa articulação incessante entre teoria e clínica.

 

 

 

Coordenação: Marta Dalla Torre e Valéria Codato

Início: 04 de março 2024

Local: Plataforma on line

Encontros quinzenais - Segundas-feiras das 19h30 às 21h.

Investimento mensal: R$ 190,00 - R$ 160 para membros.

Grupo exclusivo para profissionais que exercem a prática clínica (consultórios ou instituições).

 

Interessados deverão entrar em contato com as psicanalistas Marta ou Valéria para entrevista prévia (enviar e-mail para atoanalitico@gmail.com). 

Valeria (44) 9804-8878

 

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